A comunidade internacional entrou em estado de alerta com a grande repercussão mundial ocorrida após a veiculação, por parte da mídia nacional, de que as áreas com focos de queimadas no Brasil teriam aumentado abruptamente. Em questão de minutos uma enorme quantidade de fotos de queimadas foram lançadas às mídias sociais de políticos e celebridades mundiais como do atual presidente da França Emmanuel Macron e do jogador Cristiano Ronaldo), sem que fosse feita qualquer verificação prévia para saber se o conteúdo era verdadeiro ou falso.
Bom, partindo do pressuposto de que as informações que chegaram ao exterior foram traduções da imprensa brasileira, essa reação fica absolutamente compreensível. Como consequência, a ansiedade no entorno desse tema acabou atingindo também os brasileiros espalhados pelo mundo e, para eles, muitas dúvidas e questionamentos pairavam no que diz respeito a entender o que realmente está acontecendo por aqui.
Calma lá, não se desespere, vamos diretamente à fonte pura da informação: DADOS COLETADOS POR SATÉLITE pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) nos últimos 21 anos.
Analisando a série histórica do total de focos ativos de incêndio, detectados na Amazônia, através do satélite de referência, no período de 1998 até 23/08/2019, é possível afirmar que esse ano de 2019 (até o dia 23, ou seja, atualizado no dia de hoje) temos o menor número de focos de queimada (incêndio) dos últimos vinte e um anos.
Aí pode surgir a pergunta: “Mas espera aí, ainda não terminou o ano, essas queimadas não vão aumentar?”
A resposta é não, a tendência histórica é justamente antagônica: Os focos vão diminuir ao final de agosto e início de setembro, mês no qual, historicamente, se inicia o aumento das precipitações (chuva).
Então fiquem tranquilos, seguimos sendo o país com uma das maiores florestas do mundo e não, a Amazônia não está em risco de extinção.
Vale a ressalva: Aqui não temos nem girafas, nem leões e nem pinheiros.
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